A inovação e a rápida adoção de novas tecnologias e tendências são características inerentes à sociedade brasileira e, em particular, ao seu vibrante ambiente de negócios. Poucos exemplos melhores disso do que a indústria de games em expansão, que fez do Brasil um dos centros mais interessantes para negócios relacionados a jogos eletrônicos em todas as suas novas formas.
Estima-se que o mercado brasileiro de jogos chegará a US$ 3,2 bilhões até 2027. O país adicionará 12 milhões de jogadores aos mais de 50 milhões que já possui até 2027. A pesquisa Game Brasil afirma que 74% dos brasileiros usam algum tipo de jogo eletrônico para entretenimento. Em um país com quase o dobro de celulares em relação à população, a expansão desse setor é imparável. E gera, ao mesmo tempo, grandes oportunidades de negócios e desafios.
A indústria global de videogames tem a América Latina como foco decisivo de sua constante expansão. A região representa 10% dos jogadores, um número que parece inexpressivo, mas que se torna importante se descontarmos a região da Ásia-Pacífico, que representa 53% do total. Um estudo da empresa de consultoria Konvoy coloca o faturamento do mercado global de videogames em 189,3 bilhões, que continua a crescer a uma taxa de 2% ao ano.
Esse volume de negócios significa que a busca por mercados para grandes empresas é constante. E isso representa um desafio competitivo para países como o Brasil, tanto do ponto de vista de pagamento quanto do ponto de vista regulatório. Um processamento de pagamentos rápido e sem falhas, um vasto conhecimento dos gostos e preferências dos consumidores locais, bem como uma adaptação tranquila às regulamentações locais, fazem uma grande diferença em meio a um cenário tão competitivo.
Grandes empresas de tecnologia, como Netflix, YouTube ou LinkedIn, apresentaram ou expandiram recentemente estratégias relacionadas ao setor de videogames. É apenas uma questão de tempo até que esses gigantes olhem para o mercado brasileiro como um dos pontos-chave para expandir seus negócios. Facilitar a experiência dos consumidores, que são tão ávidos por novidades quanto exigentes em termos de qualidade de serviço, será fundamental na batalha por um dos mercados mais atraentes do mundo.
Mas essa corrida é uma via de mão dupla. Qualquer grande participante do setor de videogames desejará conquistar o jogador brasileiro e facilitar os micropagamentos enquanto desfruta de seus jogos favoritos. Mas para o próspero, inovador e crescente setor brasileiro de videogames, a adaptação às demandas do mercado global também é fundamental para a expansão necessária.
O Brasil está vivendo um momento importante com o Marco Legal dos Jogos, que entrou em vigor em maio. É uma oportunidade para uma indústria emergente em um país com grande potencial de crescimento. Em 2023, o Brasil tinha 1.000 estúdios desenvolvendo jogos, e metade desses estúdios tinha cerca de 70% de seu faturamento dependente do mercado externo. Expandir para um território desconhecido é um esforço imenso para esse tipo de empreendedor. Eles não apenas precisam entender as complexidades regulatórias de um novo país, mas também precisam entender e oferecer opções de pagamento locais que atendam às necessidades de seus novos clientes em potencial.
Avançar no setor de videogames significa saber como se adaptar às diferentes eventualidades que podem transformar uma simples compra da fantasia favorita do seu super-herói em um pesadelo de etapas, tempo de espera e frustração. Saber qual dos 900 métodos de pagamento que podem ser encontrados em diferentes mercados globais é o preferido por seus clientes em potencial pode fazer a diferença entre uma assinatura a mais ou a menos em meio à batalha pelo mercado do futuro.
Da mesma forma, facilitar e simplificar o acesso a produtos e serviços globais para clientes de mercados emergentes como o Brasil, expandindo a variedade de métodos de pagamento e em moeda local, é essencial para fidelizar e aumentar a penetração em um setor que moldará as próximas gerações.