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    A Geração Alpha está levando as marcas para o universo dos jogos digitais

    Análise foi feita durante a primeira edição do B2Game, evento realizado pela Cheil Brasil em parceria com a ALLOS no Xdome, em São Paulo

    A crescente presença de marcas não endêmicas, bem como ações mais perenes e a aplicação efetiva da inteligência artificial estão entre as principais tendências a serem observadas para o próximo ano no universo dos games, indústria que de longa data já vem superando, em faturamento, as de cinema e música somadas. Essas foram algumas das conclusões da primeira edição do B2Game, evento realizado pela agência Cheil Brasil e pelo Xdome Gamer Lab – uma das principais arenas gamers do país, localizada no Shopping Metrô Santa Cruz, em São Paulo – para debater as oportunidades das marcas junto a esse que é um público cada vez mais estratégico para os anunciantes.

    Referência em inovação e tecnologia no universo gamer, o Xdome Gamer Lab é um produto proprietário da ALLOS – mais inovadora plataforma de experiências, entretenimento, serviços, lifestyle e compras do Brasil. O espaço de 300m² tem tecnologia de ponta e oferece uma infraestrutura única, sendo um verdadeiro hub de conteúdo digital para a comunidade gamer, com capacidade para até 180 pessoas.

    Ao sediar o evento, o espaço recebeu profissionais do mercado publicitário e de marketing, bem como desenvolvedores, gamers e streamers. O evento contou com a participação de Sâmia Marramon, gerente de produtos Produtos Proprietários da ALLOS; Felipe Vieira de Camargo, gerente de Mídia da ALLOS; e Pedro Derbli, diretor de Gaming na Cheil Brasil, com mediação de Tatiana Pacheco, COO da Cheil Brasil.

    “A indústria de games vive diversas transformações todos os dias – e é nosso papel, enquanto publicitários, entender todos os movimentos, oportunidades e dores da comunidade gamer para propor estratégias realmente eficazes para as marcas participarem do jogo. É importante reunir toda a cadeia para construirmos juntos novas soluções e oportunidades de negócios”, reforçou Tatiana, da Cheil.

    Um dos destaques levantados durante o B2Game foi o amplo caminho para a presença de marcas não endêmicas nos jogos – aquelas que não têm ligação direta com o universo gamer, mas podem se beneficiar do setor. “As marcas endêmicas partiram na frente por estarem mais conectadas aos desejos dos players. O que estamos vendo agora é a participação das não endêmicas, como as do segmento de beleza. Elas estão entendendo as oportunidades e percebendo que o game tem um forte poder de conexão com outros segmentos, afinal, ninguém vive só de jogo. Gamers também usam maquiagem, tomam remédios e consomem carne. Por isso, qualquer marca pode ter seu ponto de conexão dentro de um jogo, desde que sua presença faça sentido para o público”, contou Pedro Derbli, da Cheil Brasil. O Xdome, inclusive, tem sido alugado por diversas marcas para trazer novos produtos e serviços para o consumidor final, já que a arena conta com uma infraestrutura completa para receber eventos sociais e corporativos.

    Investir com constância e consistência é uma das chaves de sucesso para as marcas que querem estabelecer conexões verdadeiras em 2025. Segundo os especialistas, os gamers sabem diferenciar muito bem as marcas que jogam junto das que estão fazendo ações pontuais e tentando apenas aproveitar a audiência de forma vazia. Por isso, ter estratégias mais perenes é fundamental para o sucesso. “As pessoas são fiéis às marcas que apostam no cenário gamer de forma contínua, pois sabem da importância da participação delas para que campeonatos e outros eventos aconteçam”, disse Felipe, da ALLOS.

    Para garantir esse posicionamento, é necessário que o mercado veja os games não como um novo espaço para propaganda, mas sim como uma oportunidade de contribuir com o entretenimento. “Temos que evoluir na forma de pensar, desenhar e desenvolver as ações dentro dos jogos. É preciso conectar-se ao mindset dos gamers, saber como eles querem se relacionar e perceber como a marca pode participar de cada título ou gênero de jogo para transformar uma simples veiculação em uma experiência memorável. Quando o gamer está jogando, ele não quer ser interrompido. Porém, se a marca levar algo que contribua com o desempenho dele, será muito bem-vinda. É aí que nasce um relacionamento”, enfatizou Derbli.

    Como exemplo, Sâmia, responsável pelos projetos de parceria entre anunciantes e a plataforma gamer da ALLOS, indicou a forma como a empresa atua dentro desse cenário: “Mais do que tudo, buscamos uma relação genuína com as marcas, que não seja superficial. Quando uma marca procura o Xdome, a gente busca desde o início encontrar qual seria a melhor forma de conectá-la com a nossa comunidade, entendendo o que ela busca como experiência e como essa marca pode ajudar e participar desse processo”, afirma Sâmia.

    Nesse cenário, a inteligência artificial (IA) traz novas possibilidades para os desenvolvedores de jogos, assim como se mostra um terreno fértil também para as marcas. Já existem jogos, por exemplo, que estão utilizando IA para transformar a interface de uma mesma fase do jogo de acordo com as preferências de cada player. A tendência é que a IA colha mais dados e seja capaz de adaptar o jogo a cada player de forma ainda mais personalizada. “As soluções que vemos hoje com IA ainda são muito simples, mas a tendência é que a disciplina se expanda rapidamente, abrindo novas oportunidades, meios e formatos de as marcas participarem dos jogos e direcionar melhor suas experiências para a comunidade”, concluiu Derbli.

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    Valquiria Lopes
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