O carioca Igor Limão, de 41 anos, é artista 3D da indústria de games, um mercado global que no ano passado faturou US$ 196,8 bilhões e que só no Brasil, tem 74,5% de jogadores e movimenta R$ 12 bilhões ao ano no país, segundo o relatório Game Brasil 2022. Se este mercado já está forte, a tendência é crescer ainda mais. Projeções da consultoria PwC apontam que o setor deve alcançar um faturamento global de US$ 321 bilhões de dólares até 2026.
Em busca de crescer na carreira, Igor sonhava em conseguir uma oportunidade fora do Brasil, e foi durante a pandemia que conseguiu realizar este sonho. “Comecei a pesquisar sobre morar e trabalhar em outro país e a Finlândia foi um dos países que chamou minha atenção por possuir uma presença forte na área de tecnologia e games e ter um alto índice de segurança e qualidade de vida,” destaca ele, atualmente trabalha em uma das maiores desenvolvedoras de games para celular da Finlândia.
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Segundo Alessandra Leone, gerente de Talentos da Work in Finland, site oficial finlandês para talentos e empresas que desejam contratar estrangeiros, e que faz parte da Business Finland, organização para financiamento de inovação e promoção de comércio, viagens e investimentos, a indústria da Finlândia está crescendo, por isso, muitas empresas finlandesas buscam trabalhadores estrangeiros e não apenas na área de games, mas em mais de doze áreas diferentes, principalmente em cargos de tecnologia. “Quanto mais diversificada a equipe, mais interessante o projeto, e os brasileiros são excelentes profissionais, pois são resilientes, criativos e muito dedicados”, afirma ela.
O número de estúdios de jogos na Finlândia tem aumentado e os desenvolvedores estão estabelecendo novas empresas. No final de 2022, havia cerca de 232 estúdios de jogos finlandeses ativos e um total de 46 novos estúdios de jogos foram fundados durante os anos de pandemia de 2021-2022, segundo o relatório da indústria de Games na Finlândia.
O produtor de jogos Cláudio Lins, de 42 anos, mora na Finlândia há 10 anos. Ele já participou da produção de cerca de 30 games em países como Brasil, Portugal e Alemanha e acaba de abrir o próprio estúdio na Finlândia e já tem buscado parcerias. “A indústria de jogos é muito forte na Finlândia. E cada vez mais, as empresas vão ter equipes especializadas lá fora e contratar mão de obra extra especializada em multiplayer, arte, animação etc. Então, isso já está rolando e vai rolar mais e mais.”.