Não só no Brasil, mas em todo o mundo, o segmento de tecnologia da informação (TI) é historicamente ocupado por homens. Um indício dessa afirmação pode ser constatado em uma pesquisa recente do National Girls Collaborative Project, intitulada “Estado das Meninas e Mulheres em STEM”, a qual mostra que enquanto as profissionais femininas formadas em ciências sociais, biologia e psicologia atuam em peso nesses mercados, na ciência da computação e áreas correlatas elas ocupam somente 20% dos cargos.
Contudo, apesar dos números negativos, tem muita gente interessada em mudar esse cenário. E até já existem lugares que levam bem a sério um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU) que, por meio da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificou as vantagens em se contar com a presença feminina nos negócios, sobretudo em cargos executivos. Uma dessas empresas é a brasileira Zetra, uma das primeiras fintechs do país responsável por desenvolver uma solução capaz de promover o bem-estar financeiro e empoderar as pessoas, através de seus salários. Prova disso é a recém-contratação de Maria Eugenia Mapelli para atuar como a nova head de Operação da SalaryFits, empresa spin-off da Zetra que oferece uma plataforma de benefícios para melhorar o bem-estar dos colaboradores.
Importante ressaltar que, no estudo da ONU em particular, que averiguou informações de 70 mil negócios em 13 países, mais de 60% das instituições que abraçaram a ideia de incentivo à igualdade de gênero constataram ganhos de lucro e produtividade, sendo que as receitas cresceram até 15%.
E na Zetra é assim: com seu quadro de colaboradores mantido, em média, 50% homem, 50% mulher – inclusive na TI –, elas têm contribuído sobremaneira com papéis e conquistas importantes, conforme explica Michele Melo, Gerente de Segurança da Informação e Qualidade da Zetra: “Por aqui, o tema diversidade e inclusão é discutido com frequência porque sabemos que se trata de uma pauta essencial para buscar possibilidades, mantendo-nos sempre mais bem posicionados para as tomadas de decisão”.
Porém, na visão dela, como o déficit das mulheres em tecnologia é bem grande, a alternativa encontrada, para atrair e reter colaboradoras, é criar programas específicos em termos de igualdade de gênero. “Neste sentido, a inclusão de mulheres não é um assunto que fica preso só no setor de Recursos Humanos. Pelo contrário: conversamos a respeito do tema em todos os níveis da organização”.
A profissional Lorena Stephanie de Melo Pacheco, Gerente de Suporte há 1 ano na Zetra, por exemplo, tem uma agenda bem cheia. Ela coordena uma equipe formada por cerca de 50 colaboradores e é seu dever dimensionar a performance do time, em termos qualitativos e quantitativos, garantindo ao cliente um atendimento pontual e preciso todos os dias. Para isso, ela precisa estar, a cada momento, em um lugar diferente do Brasil, visitando os clientes, muitos deles homens. “Uma dessas visitas é feita ao alto comando da Marinha, que é soberanamente masculino, e eu mantenho uma relação de amizade salutar e respeitosa”.
No parecer de Cristiana Sardão Barreto, Presidente-Executiva da Zetra, que tem um papel de destaque na gestão dos negócios da empresa, toda essa consideração provém da cultura e suporte da equipe Zetra, que tem em mente que ter mulheres no ambiente de trabalho de TI é privilégio. “Além da chance de entregarmos soluções cada vez melhores e diversas aos nossos clientes”.