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    Mães no multiplayer: o universo dos jogos é delas também

    Inspiração de mulheres e mães, que ocupam papéis de destaque e compartilham a jornada nos games

    No dinâmico universo dos jogos, onde criatividade, estratégia e imersão se entrelaçam, há uma realidade totalmente fascinante e que cada vez ganha mais voz: a presença de mães que, além de se destacarem no mercado, enfrentam o desafio de conciliar a maternidade com suas carreiras. Para homenagear o Dia das Mães, a Level Up mergulha na história de mulheres que são referências e compartilham da mesma paixão pelos games.

    Que o mercado de jogos é notavelmente plural, não é novidade para ninguém, porém, desafiando estereótipos, inspirando outras mulheres e ocupando papéis de destaque, as mães personificam a dualidade entre paixão e a responsabilidade. A streamer e gamer, Dani Soares, mais conhecida como “Uma Dani” no universo dos games, é uma das referências que há anos mergulha nas profundezas dos jogos, ao mesmo tempo em que guia sua filha, Duda ou “Uma Duda”, de 16 anos, também apaixonada pelo mundo digital.

    A streamer conta que começou no cenário quando a filha tinha 9 anos e que os jogos se tornaram uma fonte de inspiração e conexão entre elas, permitindo que ambas compartilhassem também dessa mesma paixão e mostrando que, como em qualquer área profissional, é preciso planejamento para dividir bem o tempo e conciliar tudo.

    “Minha maior preocupação era como a minha filha iria lidar com críticas e elogios dos amigos no colégio sobre mim. Mesmo alguns achando demais, outros achavam estranho uma mãe que vive de jogos na internet. Mas ela conseguiu tirar super de letra, e isso me deixou mais segura e tranquila”, conta a gamer.

    Os jogos não aproximaram apenas mãe e filha, mas também trouxe para Dani a possibilidade de trocar experiências para que mulheres, que viram seus filhos inseridos neste novo cenário digital, pudessem entender e participar, de alguma forma, da vida deles de uma maneira muito mais leve e sem tabus, apesar da diferença geracional.
     

    “Eu sempre tentei trazer uma linguagem e abordagem nas minhas transmissões e redes sociais mais tranquilas, tentando focar no público infantil, da idade da minha filha, e por isso alcancei algumas mães que permitiam seus filhos a assistirem minhas transmissões. Com o tempo, meu público foi crescendo e a Duda também, e fui me moldando para trazê-los comigo”, acrescenta.

     Seguindo no mesmo caminho, a atriz e dubladora de games, Tha Durães, encontra-se no limiar de duas fases marcantes: a maternidade e a carreira de sucesso. Grávida de sete meses e ainda com a Júlia no forninho, ela emprestou sua voz a personagens icônicas, como a Jacqui Briggs, de Mortal Kombat; Kali, em Rainbow 6 Siege; Sage, de Valorant e Claudia, em Tower of Fantasy, e reflete sobre os desafios e as alegrias de ser mãe, enquanto mantém sua paixão pelos jogos ativa.

    “Eu estou conseguindo mostrar para as mães que me acompanham, que o universo dos games e dos gamers é totalmente plural, e que dá pra ser mãe e ser gestante, dá pra ser gamer e jogar, mas ao mesmo tempo, estudar sobre maternidade. É como fazer um ‘gamification’ dessa nova etapa”, explica Tha Durães. 

    Agora, enquanto aguarda a chegada da sua primeira filha, surge também uma nova perspectiva sobre a flexibilidade e a determinação em encontrar um equilíbrio entre esses dois mundos, especialmente para trazer conteúdos sobre essa mudança, mas também para continuar produzindo sobre os games, já que seu público é majoritariamente jovem. 

    “Eu tive receio de focar meu conteúdo muito na gestação e essa galera jovem não querer acompanhar, mesmo querendo mostrar isso para eles, pois também acho importante. Obviamente, tiveram pessoas que se desinteressaram e é compreensível, mas para a minha surpresa, muitos desses jovens escrevem para mim, dizendo que contaram para as suas mães sobre a minha gravidez e elas também passaram a me acompanhar”, conta a dubladora. 

    Além da Tha e Uma Dani, várias outras mulheres estão redefinindo o papel da maternidade no mundo dos jogos. Gamers como Camilota e Pétala não apenas desafiam as expectativas tradicionais, mas também demonstram que ser mãe não é uma limitação, mas sim uma força motriz para alcançar o sucesso tanto no âmbito pessoal quanto profissional nos jogos.

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    Felipe Mourão
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